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sexta-feira, 20 de maio de 2011

DEPOIMENTO DA PROFESSORA AMANDA GURGEL

Não deixem de assistir este vídeo.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&hl=en&v=yFkt0O7lceA&gl=US

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O NOSSO SÓCRATES É SOCIALISTA

Leia o artigo do ex-jogador da seleção brasileira Sócrates, publicado na ‘Carta Capital’ dessa semana, sobre o papel do esporte na construção da cidadania.
A falta de educação e de saúde continua endêmica neste País, por isso temos tantos não cidadãos. Apesar da melhora da economia.


Ainda somos pobres. Todos nós sabemos e sentimos isso na pele, nas ruas, nos becos, nas favelas. Deixamos de ser um país endividado, com pouca capacidade de investimento e não baixamos a cabeça para o FMI, mas ainda somos pobres.

Muita coisa mudou em nossa realidade de uns anos até hoje, mas continuamos pobres. Até então, pouco havíamos feito na tentativa de transformar esse quadro miserável. Talvez por não interessar a quem poderia tomar as rédeas desta empreitada. Ou, quem sabe, por falta de coragem de mexer neste vespeiro.

Só havia uma forma de modificar essa situação: lutando para encontrar saídas para enfrentar de frente o problema da pobreza ou, ao menos, capazes de minimizar as carências existentes. Finalmente isso começou a ser atacado, entretanto, continuamos pobres. Por isso, por favor, não venha me dizer que este cenário de exclusão não faz mais parte da nossa sociedade. Não só existe como formam as maiorias. Maiorias que chamamos, hipocritamente, de minorias: pobres, negros e velhos.

Meu velho pai, filho de negro é bom frisar, não teve acesso a escolaridade regular. Nascido em uma família simples, teve de sair às ruas cedo para garantir a sobrevivência da família. Não tinha tempo suficiente para frequentar o prédio onde se ministravam as primeiras noções do conhecimento. Uma educação que sempre valorizou na busca por seus sonhos infantis.

A despeito desse obstáculo, saiu à procura de uma alternativa para ter acesso a essa riqueza. Com a única arma que dispunha – a leitura –, correu mundos atrás de livros que pudessem substituir o que perdera fora dos bancos escolares. Sempre tentando encontrar alguém com quem pudesse trocar os poucos exemplares que possuía. E foi assim que se credenciou para um dia se tornar cidadão. Até porque a cidadania só pode ser vestida se houver conhecimento. Sem isso, a nudez é única companheira.

Agora, de nada adiantaria todo esse esforço se não tivesse saúde. Mas como possuir saúde se, no canto em que nasceu e cresceu, quase nenhum saneamento existia? A cacimba nos fundos da casa fornecia a água tão necessária a uma interminável série de necessidades. Esgoto, nem pensar. A velha fossa, construída nem sempre dentro dos padrões básicos de preservação do lençol freático, recebia os dejetos dos moradores.

A comida era pouca, quase nenhuma. Farinha era o carboidrato disponível o mais das vezes. Tudo isso à luz dos lampiões que forneciam um pouco de luminosidade ao ambiente nos dias em que o querosene estava ao alcance. Eu poderia dizer por tudo isso que ele foi um sobrevivente dessa realidade tão cruel. E só por isso foi um cidadão.

A falta de educação e de saúde continua endêmica neste País. Todos nós entendemos das suas importâncias e gastamos fortunas do pouco que temos para oferecer produtos de baixíssima qualidade. Por isso temos tantos não cidadãos. Apesar da melhora geral da economia, continuamos insistindo com o velho modelo enraizado de há muito. Ninguém mexe no doce.

Para que possamos imaginar que seja possível produzir uma melhora substancial nestes serviços é necessário acreditar que ficaremos ricos de uma hora para outra. Isso não vai acontecer. Temos de inventar uma nova fórmula, mais barata e adequada ao que necessitamos. Temos de iniciar um amplo movimento que ofereça o básico para cada brasileiro nestes dois quesitos.

Para tanto, temos em mãos um mecanismo simples e quase de graça para num só golpe atacar estas duas frentes: o esporte (de novo insisto). Como passamos a vida construindo equipamentos esportivos e tendo áreas livres aos montes, basta uma bola e um educador para produzir educação e promover saúde. Para, no fundo, multiplicarmos a cidadania.

Será que isso se tornará prioritário neste período que nos separa da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016? Será que os estádios e os ginásios a serem erguidos servirão para agregar valor às duas questões mais prementes? Será que o chamado legado que poderá resultar dos investimentos que serão feitos contemplará tanto uma quanto outra? Afinal, de que servem transporte melhor, mais leitos, aeroportos e portos modernos e muitas outras ações se não cuidarmos do nosso povo?

Sócrates é comentarista esportivo, foi jogador de futebol do Corinthians, entre outros clubes, e da seleção brasileira.

domingo, 15 de agosto de 2010

O mesmo figurino. Ou, do mesmo saco

Dilma, Serra e Marina vestem o mesmo figurino. Tanto faz se acusam ou defendem o governo Lula e o governo Fernando Henrique através de críticas periféricas, mas, na realidade, concordam em gênero, número e grau com o modelo econômico vigente. São neoliberais, filhos do mercado e cultores da livre concorrência entre quantidades distintas. Uma promete criar mais 14 milhões de empregos sem lembrar quantos a foram perdidos nos últimos sete anos e sete meses. Outro quer mais 400 quilômetros de metrô nas principais capitais. Sem falar naquela que pretende governar com o melhor de todos os contrários, de Cristo ao Capeta.

Com todo o respeito, nenhum dos três candidatos apresentou até agora qualquer proposta de mudança efetiva na economia, nas instituições ou no plano social. Querem continuar, mesmo aprimorando, a estratégia adotada desde antes dos tempos do sociólogo, pois inaugurada por Fernando Collor, que agora a reivindica, ou até antes dele. Um modelo para privilegiar os privilegiados e massacrar os massacrados.

Qualquer dos três capaz de ser eleito mudará muito pouco o cenário que a propaganda pinta de ideal, apesar de responsável pela sempre maior concentração de renda nas mãos de uns poucos. Como a Plínio de Arruda Sampaio cabe apenas a denúncia, sem chances de vitória, resta concluir que nada vai mudar, nos próximos quatro anos.(Carlos Chagas)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Inscrições abertas para o Revelando os Brasis IV

O Projeto Revelando os Brasis, do Ministério da Cultura, do qual participei na sua terceira edição, em 2008, lançou o edital da edição número quatro que receberá inscrições até o dia 30 de julho. Clic no link abaixo e leia o regulamento.

http://www.revelandoosbrasis.com.br/revelando2/noticia_open.aspx?id_noticia=423

domingo, 30 de maio de 2010

ENTREVISTA DE PLÍNIO NO BLOG DO NOBLAT

Plinio Arruda Sampaio, concedeu entrevista hoje, no blog do Ricardo Noblat, pelo twitter, veja:

(Entrevista feita há pouco pelo twitter)

Boa tarde, dr. Plínio de Arruda Sampaio, candidato do PSOL a presidente da República. Gostaria que o senhor se apresentasse para aqueles que não o conhecem.

Boa tarde Noblat. Primeiramente, muito obrigado por essa entrevista. Minha pré-candidatura é uma das que menos tem tido espaço na mídia...

Por isso, há ainda um grande desconhecimento dela. Mas sou um homem de 79 anos e quase 60 de vida pública. Comecei na Juventude Católica...

...ainda na USP, no Largo de São Francisco, em 1950. Foi aí que fiz a opção pelo socialismo cristão, no convívio com os dominicanos. Depois...

militei no verdadeiro Partido Democrata Cristão (PDC), que já acabou e não tem nada com esse do Eymael. Em seguida, governo. Carvalho Pinto...

... em SP. Fiz o Plano de Ação do Carvalho, que foi o primeiro a ser integralmente implementado. Logo, fui para a Câmara Federal, 1962.

Lá, fui relator do projeto de reforma agrária do presidente João Goulart. Não precisa nem dizer que, após isso, fui cassado pelo golpe...

...12 anos de exílio, no Chile e dos EUA, trabalhando na ONU e na reforma agrária. Volto e ajudo a fundar o PT, onde militei até 2005. Aí...

...o PT saiu de mim, pq virou igualzinho aos outros. Fui então pro PSOL, onde estou. Antes, em 1990, fui candidato a governador de SP pelo PT.

...E em 2006, já no PSOL, candidato de novo ao gov. de SP, fiquei em 4º lugar. A campanha que gastou R$ 80 mil e rendeu meio milhão de votos.

Além disso, tenho seis filhos, 12 lindos netos e uma companheira de vida há 56 anos que foi fundamental nessa trajetória, a Dona Marieta.

Penso que isso é o fundamental para aqueles que ainda não conhecem minha história política. Podemos seguir.

Fale do PSOL. Mas se possível de forma mais resumida.

O PSOL é uma tentativa de reeditar um partido socialista, que venha suprir a traição do PT, ou melhor, da direção do PT.

Que traição foi essa do PT? Traiu o quê?

[Ah, esqueci de dizer antes que fui deputado federal por 3 vezes. Na Constituinte de 1988, relatei o capítulo sobre o Poder Judiciário]

O PT surgiu como o primeiro partido socialista, democrático pelas bases. Assim foi até 1989. Depois resolveram ampliá-lo para outras classes. Deu no que deu.

Deu em quê?

Deu num partido igual aos demais. Um partido da ordem. Isto não representa o pensamento da maioria dos petistas - gente muito séria.

Como um partido pode governar sem se tornar um partido da ordem? O senhor sugere um governo da desordem?

Sugiro um governo na verdadeira ordem. Com igualdade, justiça e liberdade. Fora, portanto, da ordem capitalista. Dentro da ordem socialista.

Faltam justiça, igualdade e liberdade no governo que temos há 8 anos?

Faltam. Não temos reforma agrária. Os movimentos sociais e a juventude, sobretudo negra, são criminalizados. Pobreza sem casa.

Vamos ser práticos. Como seria sua reforma agrária?

Para começar, desapropriar fazendas com mais de mil hectares, produtivas ou não. Jango, em 64, propunha 500ha. Só assim 6 milhões de famílias terão terra.

A desapropriação se faria mediante autorização da Justiça? E o senhor acredita que a Justiça autorizaria?

O limite de tamanho é uma campanha da CNBB/MST. A Constituição terá de ser reformada. Indenização a prazo. Sendo lei, o Judiciário cumprirá.

Que outro ponto destacaria de um eventual governo do PSOL?

Socialização da educação para garantir 3 valores: igualdade, liberdade, eficiência. Ou o menino pobre entrará na vida em desvantagem.

O senhor é candidato para marcar posição e fazer o PSOL crescer ou imagina que poderá ser eleito?

Se a mídia fizer como você, tenho chances e vou lutar por elas. Não esqueça que FHC sentou na cadeira de prefeito de São Paulo antes do tempo.

[Nota: em 1985, candidato a prefeito contra Jânio Quadros, Fernando Henrque posou para fotos sentado na cadeira do prefeito. As fotos só seriam publicadas caso ele se elegesse. Ele perdeu.]

Quem o senhor acha que está sentado ou tentando sentar na cadeira de presidente antes do tempo?

Dilma e Serra. Aliás, o processo eleitoral foi montado para isso. Iremos desconstruir esse "bipartidarismo" antidemocrático.

Como sem muito dinheiro, sem apoio de outros partidos e com pouquíssimo tempo de propaganda eleitoral o senhor pensa em se eleger?

[Antes, outro ponto do programa: socializar a medicina. Quando o rico tiver que ir no mesmo hospital do pobre haverá finaciamento para a Saúde]

Sobre a eleição, confio no povo e no Twitter. Sempre há quem entenda nossa mensagem. O difícil é fazê-la chegar ao povo.

Então o senhor é candidato a ser o primeiro presidente eleito pelo twitter?

Não, o Obama teve muita ajuda da internet antes de mim.

O que o senhor tem contra Dilma e Serra?

O fato de que suas políticas são contrárias aos interesses do povo.

O senhor não faz distinção entre Serra e Dilma? Acha que são parecidos ou que representam as mesmas coisas?

Não são parecidos, mas representam a mesma política neoliberal.

Num eventual segundo turno entre Dilma e Serra, quem o senhor apoiaria?

Não haverá 2º turno entre Dilma e Serra, será entre um deles e o Plínio.

Sei que essa é a resposta padrão dos candidatos. Mas digamos que isso aconteça, por absurdo. Quem apoiaria?

O 2º turno é uma outra eleição. Precisa ser pensada de novo, não agora. Hoje, é impensável o apoio a qualquer um dos dois.

O senhor não fala de Marina Silva. Por que? Há possibilidade de ela e o senhor estarem juntos ainda no primeiro turno?

Não posso apoiar a Marina porque ela é ecocapitalista e eu, ecossocialista.

O senhor não reconhece avanços no governo Lula?

Infelizmente, não. Algumas coisas boas na superfície escondem barbaridades na profundidade.

Dê um exemplo de avanço do governo Lula que esconde barbaridade.

Colocar 20 milhões de pessoas comprando eletros nas casas Bahia enquanto seus filhos estão numa escola sucateada.

Estamos com pouco mais de 1 hora e meia de entrevista e próximos do fim. Que país o senhor aponta como modelo para o Brasil?

Não há modelos. O socialismo está sendo reinventado para incluir a liberdade na luta pela igualdade.

Onde o socialismo está sendo reinventado? Em que país esse processo de reinvenção está mais maduro ou tem avançado mais?

A reinvenção está na etapa do debate ideológico entre os sociaistas. Ainda não se executa. O Brasil poderá ser o 1º.

Dr. Plínio: grato pela entrevista. Grato a todos.

Muito obrigado. Foi um gesto democrático. Tenho certeza de que ajudou a difundir as idéias do PSOL.

terça-feira, 18 de maio de 2010

DEPUTADO INIMIGO DOS TRABALHADORES

Há poucos dias fiz um comenário, acerca da postura de um Deputado, como ele vota na Assembleia, se a favor do governo ou dos servidores. Pois bem, veja o que escreveu o professor Augusto:

Augusto Souto disse...

Recentemente o Deputado Izaias, votou contra os Professores de Pernambuco, prejudicando-os de forma irreversível, através da lei nº 154 do Governo do Estado. Esta lei acabou com a gratificação de Magistério (pó-de-giz) e esfacelou o Plano de Cargos e Carreiras dos professores. Para se ter idéia dos malefícios desta lei; um professor com 20 anos de carreira e com Mestrado, a partir de Junho ganhará menos que uma Merendeira, com o mesmo tempo de serviço. Portanto, o professor ou familiar de Professor que votar neste cidadão, simplesmente não tem VERGONHA na cara. Achando pouco, ele aprovou na Assembléia um projeto que dá o título de Emérito Professor aos professores do Estado, por sua Lei Oportunista, Demagógica e Eleitoreira, com o único objetivo de fazer média com a categoria com certeza ele ganhará o título de cara-de-pau do ano.Questionado pela aprovação da lei 154, respondeu que votou porque é base do Governo;ou seja, não tem nenhum compromisso com o eleitorado e sim com a subserviência a Eduardo Campos.Com isso, e sua resposta a este blog no outro tópico, onde fala de seus apoios, com certeza não necessitará de votos da população, pois o apoio do Governador e dos prefeitos lhes basta.Professores e eleitores do Agreste Meridional, precisamos mostrar a este cidadão, que não fazemos parte de CURRAL Eleitoral e que nosso voto não pertence nem a prefeitos ou adversários deles e muito menos ao Sr. Governador. Voto Consciente só tem vinculação com a nossa CONSCIÊNCIA. BASTA de sermos massa de manobra dos politiqueiros de plantão.

Comigo: Diante do exposto fico até sem comentários. Vou aproveitar a oportunidade e expressar algo que estive refletindo semana passada: Como a grande maioria sabe, sempre gostei de fazer política, mas parece que com o tempo to perdendo o jeito ou as formas mudaram de mais, e ao que tudo indica para pior, quando vejo homens comprometidos com o povo como o Deputado Roberto Magalhães se desencantarem com a política, a coisa de fato ta ficando preta. Conheço Izaías desde que eu tinha doze anos de idade (hoje com 36), cansei de ouvi-lo dizer do desejo de representar nossa cidade e um dia ainda administrá-la. É notório que oportunidade tem havido, mas também que as dificuldades de permanecer no cargo tem crescido, estes dias conversava com um amigo do próprio deputado que dizia ser difícil sua reeleição. Bem, penso que tudo isso vale para o deputado repensar sobre suas ações e ao mesmo tempo para nós Garanhunhenses a possibilidade de passarmos mais algum tempo sem representante na assembléia legislativa, coisa que para nós não foi bom.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A FALSA POLARIZAÇÃO ENTRE IZAÍAS E ZÉ DA LUZ

Paulo Camelo, escreve:

O ideal seria que não houvesse tal incentivo de uma concorrência tão despolitizada, como essa, ou seja, entre o Deputado Fanfarrão e o Matuto de Caetés. Não sei porque razão há tanta insistência no nome de Zé da Luz, o qual, diga-se de passagem, não tem perfil de Parlamentar, se eleito não iria Fiscalizar o governo do Estado, independente da pessoa, e dificilmente iria apresentar alguma proposta inovadora.

A falsa polarização entre Izaías e Zé da Luz, ambos discípulos do governador Eduardo Campos, só contribuem com o travamento do surgimento de novas lideranças políticas, em nossa cidade, tão necessária e imperiosa diante do fracassado governo Luiz Carlos. Essa e outras ocorrências nos deixa sem perspectiva de um futuro político promissor. Usando um ditado popular podemos dizer que é um "castigo" para os nossos conterrâneos tal dilema ora imposto pela mídia na hora de votar. É realmente demais. É brincar com a nossa inteligência e o nosso sentimento.